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09 fev 2021
Entidades unem-se contra importações de lácteos do Mercosul

O setor leiteiro debateu medidas para socorrer a cadeia produtiva do leite, que enfrenta um momento econômico e social muito delicado, durante reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, ocorrida na última sexta-feira (05/02), com a presença da Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando é uma das 35 entidades que integram a Câmara e foi representada na reunião pelo diretor Domício Arruda. 

 

Uma nota conjunta assinada por 14 entidades, incluindo a Girolando, foi emitida pela Abraleite (Associação Brasileira dos Produtores de Leite). O documento alerta para a necessidade de se tomar medida emergencial contra o surto predatório das importações de lácteos. Segundo o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, que é também associado da Girolando,a maioria dos integrantes da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados entendeu como imperativo estabelecer medida emergencial para frear as importações via Mercosul, que desde setembro de 2020 prejudicam a cadeia produtiva brasileira. 

 

“Além disso, há outros fatores que agravam a crise do setor. A começar pelo forte aumento generalizado das cotações de insumos, em especial para o milho e o farelo de soja, que gerou uma elevação sem precedentes no custo de produção ao longo de toda a cadeia produtiva. Outro ponto de preocupação é a retração no mercado dos principais derivados lácteos (leite longa vida, queijo muçarela e leite em pó), que ocorre devido ao forte descompasso entre a oferta e a demanda”, diz a nota. 

 

Na visão das entidades participantes, a demanda está menor em 2021 devido à diminuição do poder de compra dos consumidores, especialmente após o fim do auxílio emergencial. Pelo lado da oferta, o elevado volume das importações gera um aumento na disponibilidade de lácteos ao mesmo tempo que a demanda se retrai. A soma desses fatores impõe forte queda do preço do leite pago aos produtores. 

 

Durante a reunião, o grupo apresentou à ministra o pleito de suspensão imediata das importações de lácteos da Argentina e do Uruguai, até que os setores produtivos do Brasil e dos países vizinhos estabeleçam tratativas de convivência mútua. “Como medida equitativa, sugerimos tributar os lácteos importados, da mesma forma que o açúcar brasileiro é tributado para entrar em países do Mercosul, especialmente na Argentina. A nossa expectativa é que a Ministra leve o pleito do setor ao Presidente da República para reverter imediatamente os danos causados pelos surtos de importações predatórias de lácteos oriundos dos países vizinhos.”, finalizam as entidades a nota conjunta enviada à imprensa na última segunda-feira (08/02).

Larissa Vieira
imprensa@girolando.com.br
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