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20 out 2022
Custo Operacional da pecuária leiteira cai pelo terceiro mês consecutivo

O Boletim do Leite de outubro, publicado pelo Cepea/Esalq, aponta que, em setembro, o pecuarista precisou de 27,5 litros de leite para a aquisição de uma saca de milho, contra 23,1 litros no mês anterior, evidenciando uma piora no poder de compra. Em setembro do ano passado, o produtor precisava de 38,8 litros para realizar a mesma aquisição. Em setembro, o Custo Operacional Efetivo (COE) da pecuária leiteira – considerando-se a “Média Brasil” (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP) – caiu 0,34%. Trata-se do terceiro mês consecutivo de baixa.

Os combustíveis, adubos e defensivos foram os grupos de custos que recuaram e que, portanto, influenciaram a queda no COE no mês. De julho a setembro, o custo acumula retração de 1,17%, mas, em 2022, ainda se verifica avanço, de 3,13%. Ressalta-se, contudo, que a receita (preço do leite pago ao produtor) também caiu nos últimos meses. 

Confira um resumo do Boletim do Leite:

Com aumento de captação e demanda enfraquecida, preço do leite ao produtor cai 
O preço do leite captado em agosto e pago aos produtores em setembro registrou queda de 14,4% (ou de 51 centavos por litro) frente ao mês anterior, chegando a R$ 3,0476/litro na “Média Brasil” líquida do Cepea. Em relação à média de setembro do ano passado, contudo, observa-se aumento de 19,4%, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de setembro/22). Essa diferença anual pode diminuir até o final do ano, já que o movimento de baixa deve se intensificar em outubro – pesquisas do Cepea em andamento indicam possível diminuição acima de 5% na “Média Brasil”.

Derivados lácteos seguem em desvalorização
O mercado lácteo em setembro manteve a tendência baixista observada em agosto.  O menor poder de compra do brasileiro e os elevados patamares de preços dos lácteos vêm desestimulando o consumo desde agosto e sustentando a desvalorização dos derivados. Ademais, o aumento das importações e a recuperação da produção nacional têm elevado o volume ofertado, possibilitando crescimento de estoques frente à demanda desaquecida e reforçando o movimento de queda nas cotações. 

Apesar do aumento das exportações, déficit da balança comercial bate recorde
As exportações e importações de produtos lácteos aumentaram em setembro, de acordo com dados da Secex. Contudo, a balança comercial registou seu maior déficit desde janeiro de 2000, quando o Cepea iniciou o monitoramento do mercado internacional de lácteos. Em termos de receita, o saldo ficou negativo, em US$ 99,6 milhões, aumento de 7,2% em relação ao déficit de agosto e mais que o triplo do registrado em setembro de 2021. Em volume, o déficit chegou a 195,4 milhões de litros em equivalente leite, 15% maior que o de agosto/22 e mais que o dobro do verificado no mesmo período do ano passado.

 

 

Larissa Vieira
imprensa@girolando.com.br
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